segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Entre soros e suspiros, (a sad song).

Eu sei, estou no meio do caminho entre uma dor irreparável e um descaso levemente destrutivo (e indiferentemente duvidoso).
O problema, penso eu, é se a dor irreparável, irrefutável, e possivelmente não-estancável chegar antes do arrebatamento de um descaso, ainda que morno. Por ser morno, dói menos, dói pouco, canta baixinho uma sad song (for a dirty lover). Se o descaso chega antes, anestesio-me contra a dor. Tomo todos os antídotos & vacinas & venenos e me imunizarei contra qualquer coisa, mesmo não podendo evitar as minhas próprias e internas patologias, cicatrizes, o meu caos interno. Enquanto não sei o que virá, se é que algo virá, vou enterrando meus pensamentos utópicos de que um abraço me bastaria (salvaria?), em fissuras secretas, cantos esquecidos. Não sou eu que os desenterro, eles é que não saem de mim.

Um comentário:

Homero Gomes disse...

Gostei do que vi e li, Amanda.

É difícil conviver com essas internas patologias nesse frio chuvoso curitiboca.

Abraço do Homero.