Eu sei, estou no meio do caminho entre uma dor irreparável e um descaso levemente destrutivo (e indiferentemente duvidoso).
O problema, penso eu, é se a dor irreparável, irrefutável, e possivelmente não-estancável chegar antes do arrebatamento de um descaso, ainda que morno. Por ser morno, dói menos, dói pouco, canta baixinho uma sad song (for a dirty lover). Se o descaso chega antes, anestesio-me contra a dor. Tomo todos os antídotos & vacinas & venenos e me imunizarei contra qualquer coisa, mesmo não podendo evitar as minhas próprias e internas patologias, cicatrizes, o meu caos interno. Enquanto não sei o que virá, se é que algo virá, vou enterrando meus pensamentos utópicos de que um abraço me bastaria (salvaria?), em fissuras secretas, cantos esquecidos. Não sou eu que os desenterro, eles é que não saem de mim.
Um comentário:
Gostei do que vi e li, Amanda.
É difícil conviver com essas internas patologias nesse frio chuvoso curitiboca.
Abraço do Homero.
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