domingo, 29 de junho de 2008

observações da vida alheia.

a verdade é que eu sempre achei meio loser isso de gostar sem ser correspondido. pronto, falei.
uma coisa assim que fica no inconsciente, inconstante e inconsistente.
mas que pra mim, faz todo o sentido.

god bless the freaks.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Painkillers.

Eu tentei. Fracassei brilhantemente. Nenhuma novidade nisso, nenhum alento.
Mas não me peça pra que eu me renda à hipocrisia.



"Dizem que não sirvo pra gostar de ninguém; que não faço nada que não seja pro meu bem.

... eu só digo a quem me pede que eu tenha um bom coração, que me dê uma razão."

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Better hide away.

Nem sei por onde começar. É nessa hora que vejo o tamanho da minha coragem. E coisa que não existe é mensurável? Desde quando?

Perco-me em inícios tomados de demagogia, de dramaticidade. Queria um copo ou dois de qualquer coisa forte, forte e imediatamente relaxante. Queria uma sopa de letrinhas com as combinações certas. Queria a coragem pra dar o primeiro passo.

E onde é que isso vai me levar? Caminho nesse rumo tortuoso e incerto mas não há outro, então que seja. Mas nada de aconteça o que tiver de ser. Coisa mais piegas e sem graça isso de se isentar de tudo e de toda culpa.

Mas e agora o que é que fica? O que é que sobra? Pra onde foi que meus sonhos correram tão precocemente?

Falta de jeito essa, que faz a gente reclamar bem mais do que devia. Essa nossa precariedade em segurar a maçã no escuro, como diria Caio Fernando Abreu.

E se eu te disser que não importa aonde a gente for parar? Importa onde a gente já está, importa mais do que como a gente chegou aqui, e tanto quanto o que faremos desse “agora”, desprovido de senso, de sentido, de linearidade.

Não sei como se começa um pedido de desculpa. Não sei não fazer cerimônia, não me preparar, não querer me inspirar. Sequer sei caminhar até lá e articular palavra, sequer um ‘preciso lhe falar’, um ‘precisamos conversar, sabe?’. Soaria datado, redundante. Ela sabe, sim, ela bem sabe.
Mas ela não quer tentar, ninguém quer ceder. E olha bem quem fala agora, alguma vez na vida cedi? Alguma vez realmente ME deixei de lado? Dei passagem para outrem? Duvido. E não estou me orgulhando ou me envergonhando disso agora. Só serve pra eu mesma ficar embasbacada acerca das minhas tolices. Antes assim do que nada, do que viver na ignorância.


Continuo sem saber como se começa. Assim mesmo, meio perdida, como se perdesse a capacidade de falar, de concatenar palavras e idéias. Talvez tenha perdido.
Me exponho. Me corrompo. Me destruo e me refaço em nó.

domingo, 22 de junho de 2008

impotência:

detesto querer chorar e não conseguir.

sábado, 21 de junho de 2008

declaration.

"you can't refuse. when you got nothing, you got nothing to lose."

terça-feira, 17 de junho de 2008

"tem horas que a gente se pergunta
por que é que não se junta tudo numa coisa só?"

sábado, 14 de junho de 2008

rumo à onde?

é incrível como eu NUNCA estou do lado vencedor.
que que há comigo? e com o mundo?

desisti de tentar entender. pelo menos até a próxima crise, ou até a próxima semana.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Piegas.

me desculpem, mas eu detesto o dia dos namorados.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Lugar-comum, a falta e a unanimidade quase sem utilidade.

Já parou pra pensar no quanto a gente reclama? Da vida, do namorado ou da falta dele, da balança, do tempo, do vestibular, dos professores, dos amigos ou da falta deles, de acordar cedo, do salário, do transporte, da burrice alheia.
É realmente tão necessário assim sermos tão rabugentos?
Falo, porque faço parte desse contexto, sem me orgulhar disso, sou parte dessa grande massa de equívocos, que nem sempre opta pela racionalidade na hora de analisar o mundo que a cerca e incorre aos mesmos erros, mesmos lugares-comuns. A reclamação geralmente é unânime. Os motivos se repetem, e parece que não cansamos deles.

É óbvio que minha hipocrisia não chegaria ao ponto de fazer-me prometer mudanças por aqui, por ali, deixando de lado essa essência reivindicativa, por assim dizer, de insatisfação com o mundo mundano e a vida mundana. Ambição também é importante, não?
Se não concordar, me diga, quais os motivos que te fazem levantar todos os dias? Além dos fisiológicos, e de outros que possam ocultar este, mas duvido que não haja um quê de ambição por trás de tudo e até das menores ações.
Questões moralistas nem entram aqui. É mais algo como uma reflexão pessoal mesmo, talvez sem caráter de mudança, e daí parecerá inútil, mas nunca o é. Alguma coisa aqui dentro e dentro do lado de fora sempre muda, sem chamar a atenção, é dispensável.
Não que eu não queira mudar, mas também não acho necessário mostrar mudanças aos de fora. O que importa é o interno, e é a partir dele que se constitui o externo, importando a quem importar.
Não diria 'então seja o que tiver que ser', porque não me agrada a idéia de se isentar de um posicionamento e deixar tudo nas mãos de alguém ou de forças superiores, que cada um faça o seu 'o que tiver que ser' e coloque em prática o seu teórico [por falta de prática] livre-arbítrio.
Já não consigo imaginar viver sem acreditar nele, o que pode soar estranhíssimo a quem não crê no mesmo, não exerce o seu e nem sabe o que seria 'fazer a sua parte'.
Mas, deixando de julgamentos fora de hora [e quando é hora, afinal?], não tenho bem certeza do que me levou a escrever tanto, de repente, às 5 e muito da tarde, em pleno expediente. Talvez tenha sido uma andada ao sol com um ventinho na cara, balançando o cachecol nesse frio curitibano. Talvez eu tenha feito o que já não se faz mais ultimamente [nem eu mesma], pensar. Verbo dos maiores, cheio de significado e importância. Tenho um sábio mestre de português que diz que "o segredo está no verbo, o verbo é tudo, é o seu melhor amigo", então acreditarei nele mais esta vez, e sigo, pagando pra ver o que acontece.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

words to made a sad song.

Não, eu não estou com borboletas no estômago coisíssima nenhuma e ponto final!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

destampada.

"Dizem por aí que toda panela tem sua tampa.
Então acho que eu sou uma frigideira."

terça-feira, 3 de junho de 2008

nostalgia/ou como me falta criatividade para títulos, num mundo em que tudo precisa ser nomeado e classificado/ou ainda, síndrome de peter pan.

Eu nem vi o tempo passar. Não me vi mudar completamente. Não sei pra onde olhava que não via.
Só sei que de repente estou aqui, indo para [de novo] não sei onde, com a sensação de tempo perdido, desperdiçado e despedaçado. Reconheço-me em fotografias antigas, pelo sorriso, um pouco pelos olhos. E pela companheira de toda essa curta jornada: a música. O resto só fui mesmo descobrir mais tarde. Vejo-me sorrindo a ouvir qualquer coisa naqueles antigüíssimos aparelhos de rádio, fitas, walkmens quaisquer; músicas quaisquer. O que importa é reconhecer a melhor amiga de todas, de sempre, o sorriso que me colocava nos lábios corados, o brilho que impunha aos meus olhos, que se entregavam, frágeis. As mãozinhas que tudo queriam tocar, o mundo conhecer, com a ânsia e a voracidade da infância, e aquela pressa que nem se deixava perceber, uma urgência, que, pelo contrário, fazia tudo parecer devagar, lento demais para meus tempos de menina, que corriam-me pelas mãos e eu não via. Sequer me importava.
Males do mundo moderno, talvez. E agora que já não me resta opção, não quero crescer.