terça-feira, 8 de abril de 2008

26/03/08.

Não adianta. Ninguém consegue conhecer minhas razões por inteiro. Ver-me por completo. Entender, tampouco. Compreensão não é exatamente o que eu peço.

Mas talvez fosse útil, fizesse com que pessoas vissem o quão erram todo o tempo, e quão parecem ridículas e quão se enganam e quão são cegas.

Ignorância é uma bênção, nós sabemos. A bênção de não ver. De se fazer cego quando se quer. No meu caso, ela se disfarça de maldição e domina os que deveriam ver tudo, conhecer-me por quase inteira, quase desvendar-me. Não posso dizer que me sinta culpada afirmando que, com certeza, que isso é absolutamente impossível. Não sou um mistério. Mas não encontro olhos bons o suficiente.

Hoje rejeitaram meu sarcasmo, minha ironia. Disseram que não cabem aqui.

Eu digo que cabem em qualquer lugar. É inerente a mim. Algo que se desenvolve com o passar do tempo, com experiências amargas, com venenos e com as doces também. Algo que você vai cortejando, tomando para si, gostando, cuidando, vendo crescer. Não me importo, porque não me faz mal. Me faz sentir mais viva e menos perdida nesse mundo de mortos-vivos fingindo vender saúde, mas que só fazem vender suas almas como num leilão.

Não falo sobre amor. Não sei falar.




Perdoem a falta de jeito. E o mau-humor também. Aquele foi apenas um dia ruim.

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