Eu nem vi o tempo passar. Não me vi mudar completamente. Não sei pra onde olhava que não via.
Só sei que de repente estou aqui, indo para [de novo] não sei onde, com a sensação de tempo perdido, desperdiçado e despedaçado. Reconheço-me em fotografias antigas, pelo sorriso, um pouco pelos olhos. E pela companheira de toda essa curta jornada: a música. O resto só fui mesmo descobrir mais tarde. Vejo-me sorrindo a ouvir qualquer coisa naqueles antigüíssimos aparelhos de rádio, fitas, walkmens quaisquer; músicas quaisquer. O que importa é reconhecer a melhor amiga de todas, de sempre, o sorriso que me colocava nos lábios corados, o brilho que impunha aos meus olhos, que se entregavam, frágeis. As mãozinhas que tudo queriam tocar, o mundo conhecer, com a ânsia e a voracidade da infância, e aquela pressa que nem se deixava perceber, uma urgência, que, pelo contrário, fazia tudo parecer devagar, lento demais para meus tempos de menina, que corriam-me pelas mãos e eu não via. Sequer me importava.
Males do mundo moderno, talvez. E agora que já não me resta opção, não quero crescer.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Narcisismo e outros ecos
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